Há uma história de 1796, registrada por Thomas Hardy, sobre a descoberta casual de um importante avanço científico que ilustra o que vamos falar por aqui. Nesse ano, Edward Jenner, cientista e cirurgião britânico, entrou na casa de um leiteiro para buscar leite. Foi recebido por uma jovem e bela empregada chamada Tess e, vendo sua pele tão lisa e sadia, o seguinte diálogo aconteceu:

Jenner (possivelmente cortejando): “É uma bênção que rosto tão lindo tenha escapado da sanha selvagem do animal pintado, a varíola”.

Tess: “Mas eu não posso apanhar a varíola, senhor, porque já tive a varíola bovina”.

Jenner (após alguns segundos de reflexão): “Por Deus! Descobri!”

Com isso em mente, dias depois, Jenner pegou amostras de pus da ferida causada pela varíola bovina de uma camponesa e inoculou em um garoto de oito anos, chamado James Phipps. O menino desenvolveu uma febre leve e algumas pequenas lesões, mas que logo passaram. Alguns meses depois, Jenner deu uma outra injeção ao garoto, dessa vez com a perigosa varíola humana (ao que parece, a ética das experimentações médicas evoluiu bastante do século XVIII para cá!), mas James não desenvolveu a doença. Foi o primeiro caso relatado de vacinação na história da humanidade!

Sorte? Providência? Intuição? Bom, há um nome para designar casos como esse: é a chamada serendipidade! Serendipidade é um anglicismo do termo “serendipity”. Segundo o dicionário Merriam-Webster, serendipidade é “a faculdade ou fenômeno de encontrar coisas valiosas ou agradáveis que não são procuradas”. Vai além da sorte: ela requer, sobretudo, contato humano para acontecer.

Em Busca da Serendipidade

No mundo corporativo, há diversos exemplos similares. Contratos perdidos que foram recuperados em uma conversa de banheiro. Uma nova carreira iniciada em um bate-papo no café. Um produto de sucesso criado em um encontro de corredor (esse caso particularmente interessante vamos relatar em um outro post, fiquem ligados!). Todos têm em comum o contato humano casual.

Uma coisa é certa: a serendipidade não acontece com indivíduos isolados. Para se dar bem, é preciso participar da festa! Ambientes colaborativos, como coworkings, são os lugares ideais para que coisas bacanas ocorram espontaneamente, ao contrário dos escritórios exclusivos ou home-offices. Esses últimos, embora confortáveis e mais práticos, são verdadeiros matadores da serendipidade!

Escritórios compartilhados, principalmente quando são compostos de profissionais de diversas especialidades, nacionalidades e etnias diferentes, criam uma pré-condição perfeita para que as conexões aconteçam. Um profissional de contabilidade, por exemplo, pode topar com alguém da área de marketing e, comentando sobre a dificuldade de captar
novos clientes, receber valiosas dicas informais ou mesmo tornar-se um cliente dessa empresa de marketing – algo que possivelmente ele nem sabia que precisava. Da mesma forma, o profissional de marketing pode estar perdendo dinheiro por classificações contábeis erradas devido a uma má consultoria, e o contador pode aproveitar um papo no  café para conseguir mais um contrato de serviço. As possibilidades são as mais variadas, mas só ocorrem com uma predisposição do ambiente. Dessa forma, reforça-se: ficar sentado em um escritório exclusivo fechado faz com que se perca a festa. Não há conexões espontâneas. Não há conversas de corredor. Não há convites de happy hour. Não há bate-papo no café.

Um Ambiente Catalisador

Um coworking, por exemplo, pode ser um grande ambiente catalisador de boas coincidências. Em sua condição ideal, esse tipo de círculo propicia em muito a geração de uma rede de relacionamentos casuais e pode agregar e potencializar parcerias entre empreendedores, investidores, estudantes, grandes empresas e startups, criando-se assim um grande ecossistema de contatos e potenciais parcerias do tipo ganha-ganha. Às vezes do tipo ganha muito-ganha muito. E, ocasionalmente, nascem-se até um ou outro unicórnio.

Potencializar a serendipidade é, em essência, não esperar que oportunidades apareçam em geração espontânea. Esse tipo de chance ocorre muito espontaneamente em ambientes colaborativos. Quanto mais diverso, melhor!

Dessa forma, fica o convite para se experimentar um coworking ou escritório compartilhado ao invés do conforto do home-office ou da exclusividade de uma sala comercial fechada somente para si. Pode ser que a oportunidade de ouro esteja tomando um café ao lado, conversando no corredor ou esperando um Uber do lado de fora: basta o momento apropriado e um pouco de sorte para que tudo aconteça. Seja a descoberta da vacina ou uma nova e inesperada carreira.

Só não pode ficar em casa, é preciso participar da festa! 🙂

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